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Seja um catequista que transforma a comunidade!

por Redação

Prepare o catequista de forma que sua atuação seja transformadora na comunidade

Formar catequistas, segundo o espírito da catequese renovada, para uma ação transformadora de educação na caminhada da fé é bem mais do que ensinar elementos do conteúdo catequético ou teológico cristão. Muito menos é impor um conjunto de leis morais para serem observadas. No processo formativo, tanto dos catequistas quanto dos catequizandos, não se pode deixar de levar em conta a consciência de que é a Palavra de Deus que tem poder transformador e renovador, não a palavra do pároco ou do catequista. Isso implica em deixar que a Palavra transforme e forme a ambos: o formador e o formando.

 

 

Palavra e ação de Deus se identificam

Partindo do princípio de que a Palavra de Deus e a sua ação se identificam – Deus fala e o que ele fala acontece -, deve-se saber que é necessário experienciar a força desta Palavra no acolhimento e na ação concreta onde ela é vivida. Os pastores e os catequistas, antes de tudo, hão de renovar sempre de novo esse processo em suas vidas; não apenas revisar as doutrinas que aprenderam, ou pior, esquematizá-las para um encontro.

Precisam continuamente se colocar na atitude do discípulo que é a de ouvir e seguir, acolher e se converter. Como segundo passo, estes que se colocam constantemente no discipulado, como tal, lançam a semente da Palavra em todos os terrenos. Não pode haver preconceito ou discriminação. O catequista precisa ter total liberdade para semear sem ser direcionado a estes ou aqueles, mas a todos.

Todos os terrenos são objeto da semeadura, pois não é a palavra do catequista que será anunciada; ela não tem força em si, mas a Palavra de Deus que é lançada sobre todos, ela é força de Deus, uma vez que Deus quer que todos sejam salvos. O catequista necessita evitar a tentação de achar que em alguns terrenos não vale a pena semear, uma vez que são áridos, pedregosos, ou infestados de ervas daninhas. Quem sabe, é lá que mais semente precisa ser semeada! Deve acreditar na qualidade da semente.

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Prepare o terreno para semear

A preparação do terreno no processo de semear, ou de catequizar, não deixa de ter importância, é grande. Porém, ao arar o campo, o catequista não pode se furtar da tarefa de se arar a si também. Arar-se e arar a terra onde a Palavra será lançada. Preparar o seu próprio terreno pode ser entendido como acolher sempre de novo a mensagem cristã de Deus que está conosco e que quer todos unidos. No ato de acolhida já está latente a conversão para a união.

Deixar que a força da Palavra de Deus frutifique em atitudes concretas que levem ao outro; para assim jogar a boa Semente sobre ele sem reservas. Arar o terreno do outro consiste, a partir dessa visão renovada, ajudá-lo a entender que ele é alvo do amor ilimitado de Deus, e que Deus o quer junto dele, não porque o mereça, ou porque tem alguém que o está pedindo, mas somente por amor gratuito. Anunciar essa Boa Notícia transforma e converte, pois ela é a própria Palavra de Deus que é ao mesmo tempo ação de Deus.

Conhecer e compreender

Na formação dos catequistas é muito importante o conhecimento da doutrina, da tradição da Igreja, dos métodos pedagógicos sempre em evolução. Também é importante levar em conta a psicologia e a situação concreta, a sociedade atual em que estão as crianças, os adolescentes e os adultos que são catequizados. Nada, no entanto, é tão importante que substitua o conhecimento vivo – a busca constante de viver – do amor de Deus revelado em Jesus Cristo, e que se experimenta na comunhão com todos que estão no mundo, cheio de coisas boas e também de coisas ruins. Esse conhecimento somente se adquire num processo contínuo. Adquire-se adquirindo. Vive-se buscando viver. É o compromisso livre em favor da vida.

Vida para si e vida para os outros. E, quando se fala do compromisso livre quer-se igualmente respeitar a liberdade do outro. O catequizando nunca pode ser dominado! Sendo assim, ele precisa ser respeitado na sua liberdade. O catequista bem formado, que conhece e sempre busca mais vida, saberá respeitar a livre abertura de seu catequizando. Apenas lança a semente, sabendo que ela é boa por ser a semente da Palavra de Deus; valoriza cada resposta que esse dá, sem impor nada.

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Erros no trabalho pastoral

Talvez um grande erro no trabalho pastoral de nossos dias seja que quando o assunto é catequese, ainda se quer “preparar para” os sacramentos, ou mesmo, como ultimamente se diz, “para a vida”. Escondido por de trás desse “preparar para” pode estar uma falsa convicção: o catequista está preparado, o catequizando não!

Sendo assim, dando a devida importância para Palavra de Deus, como foi anunciada e vivida por Jesus de Nazaré, esse processo se transformará e se renovará e, quem sabe, poderá produzir frutos de conversão, não somente dos catequizandos, mas também dos catequistas, incluídos aqui também os párocos. Portanto, o catequista estará mais consciente do valor da Palavra, diminuindo a sua palavra; e o catequizando saberá acolher e valorizar uma experiência mais genuína da Palavra e da ação de Deus-amor em seu processo de vida, como resposta de fé livre.

5 orientações para a formação do catequista
  1. A prioridade em todo trabalho formativo, tanto do catequista quanto do catequizando, está sempre na consciência da força da Palavra de Deus;
  2. A Palavra e a ação de Deus se identificam. Sua Palavra é eficaz. O catequista não pode classificar as pessoas para catequizá-las. Precisa se dirigir, ou direcionar a todas.
  3. No processo da “preparação do terreno”, o catequista tenha consciência de que sempre de novo precisa se preparar. Isso se faz na conversão contínua que a Palavra nele provoca. Tenha também a preocupação de ajudar o catequizando a preparar seu terreno em vista da Semente que nele será semeada.
  4. Toda a formação está baseada na vivência concreta da Palavra que se traduz em busca contínua de comunhão. Experimentar Deus-amor no compromisso com a vida de todos.
  5. “Preparar para” consiste em “preparar-se”; “preparar-se” consiste, por sua vez, em ajudar o outro a “estar preparado”.

 

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Pe. Mário Fernando Glaab é Mestre em Teologia Dogmática, membro da SOTER, Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em São Mateus do Sul/PR, Autor de várias obras, dentre elas: “Algumas considerações sobre os Sacramentos”, Editora Pão e Vinho, e “Pacto das Catacumbas – Algumas considerações no Jubileu do Concílio Vaticano II”.
Contato: [email protected]

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2 comentários

Gilvanice Felix Melo 4 de outubro de 2019 - 15:32

Nossa!!!
Amei saber que terá este encontro de formação 🥰

Resposta
webmaster 4 de outubro de 2019 - 15:35

Aguardamos a sua presença, Gilvanice! ♥

Resposta

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