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Ato de contrição: arrepender-se para conquistar a remissão dos pecados

por Redação
Ato de contrição: arrepender-se para conquistar a remissão dos pecados

É por meio do ato de contrição que se demonstra o arrependimento dos pecados cometidos e se recebe o perdão de Deus

Confessar seus pecados e arrepender-se, é uma atitude que deve ser realizada comumente pelos cristãos. Na Igreja Católica, o Sacramento da Confissão proporciona aos fiéis, um exame de consciência e reconhecimento dos pecados. Assim, a oração que expressa a lamentação pelas faltas cometidas, é nomeada como “ato de contrição” e utilizada em vários momentos.

 

 

Em músicas de ato penitencial, ouve-se muito a expressão “coração contrito”. Isso pelo fato de que a palavra “contrição”, exprime o sentimento de arrependimento pelos pecados que ofendem a Deus. Logo, estar com o coração contrito, significa estar com o coração manchado pelo pecado, mas com o desejo de que ele seja limpo e curado, isto é, receba o perdão de Deus, que é a cura.

“Jesus lhes respondeu: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento”(Lucas 5:31-32)

Assim, o ato de contrição vem para proclamar esse desejo, reconhecer os erros, se arrepender deles e implorar o perdão de Nosso Senhor. Essa oração pode ser feita de várias maneiras, mas é preciso ressaltar que deve ser realizada com sinceridade e verdadeira devoção a Deus, pois ele conhece o que se passa no coração de cada um.

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Modelos de Ato de Contrição

1- “Senhor, detesto todos os meus pecados, porque lhe ofendem, e eles me tornam indigno de recebê-lo em meu coração; Prometo com a sua graça não comete-los mais no futuro, fugirei deles e farei penitência. Das muitas e muitas falhas. Do mundo do meu coração, Deus, eu me arrependo; e prometo firmemente nunca mais, nunca mais pecar!”

 

2- “Meu Deus, porque sois infinitamente bom, eu Vos amo de todo o meu coração, bendito seja, pesa-me ter-Vos ofendido, e, com o auxílio da vossa divina graça, proponho firmemente emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender.Peço e espero o perdão das minhas culpas, pela vossa infinita misericórdia. Amém. ”

 

3- Jesus, meu Senhor e Redentor, me arrependo de todos os pecados que cometi até hoje, e isso me pesa de todo o coração, porque com eles ofendi um Deus tão bom. Proponho fortemente não pecar novamente e confio que, por sua infinita misericórdia, você me concederá o perdão dos meus defeitos e me conduzirá à vida eterna. Amém.

Quando e como realizar o ato de contrição?

O ato de contrição pode ser professado durante a missa, na confissão e também em uma oração pessoal, ao receber a sagrada eucaristia por exemplo. Desde que seja feito com vontade, verdadeiro arrependimento e também com o empenho de que após perdoado o cristão estará disposto a mudar.

Durante a celebração eucarística, há mais de uma oportunidade para os fiéis demonstrarem seus arrependimentos. No início da celebração o padre os convida a confessarem seus pecados por meio do ato penitencial, em que pode ser realizado através da música ou de uma proclamação. Já no momento das leituras e da homilia realizada pelo sacerdote, realiza-se uma reflexão e conscientização de que Deus oferece o perdão. Um outro momento, seria durante a oração dos fiéis, em que se pede novamente a misericórdia divina.

Já durante a confissão, é aconselhado que seja professado antes das palavras finais, faladas pelo padre ao conceder o perdão. Em livros litúrgicos, salmos e site católicos, existem modelos de ato de contrição que podem ser seguidos, mas que não é necessário decora-los, pois pode ser feito com suas próprias palavras. Afinal, como já explicado, o ato de contrição é nada menos que reconhecer os pecados e arrepender-se deles. Do mesmo modo, o ato pode ser proclamado durante qualquer momento em que se abre o coração para Deus.

Arrependimento X Culpa

O arrependimento que tanto se fala acerca da libertação dos pecados é como uma força motora que leva a todos para a conversão. Existe o reconhecimento de que foram cometidas várias faltas, mas que Deus, após o ato de contrição, perdoou cada um dos pecados realizados. A partir disso, o cristão se sente fortalecido para lutar contra a tentação que o sonda todos os dias, provocando então, uma mudança no indivíduo a partir do arrependimento.

Todavia, muitas vezes se confunde o significado de arrependimento com culpa, associando os dois ao mesmo significado. Porém, a grande diferença entre ambos é que, no caso da culpa, não há mudança, apenas retrocesso. Isso pelo motivo de que ao se sentir culpado, há a sensação de ser indigno do perdão de Deus e que sempre irá cair no mesmo erro. A pessoa fica presa ao seu passado e assim acaba duvidando ou esquecendo da misericórdia de Deus para com todos os seus filhos.

Deus conhece o coração e a sinceridade de cada um

Como humanos, somos pecadores e tentados o tempo todo, por isso, buscamos realizar o ato de contrição tendo consciência de que cometemos erros e que Deus sabe de cada um deles. Porém, por se ter em vista esse conhecimento, algumas pessoas buscam confessar seus pecados, devido ao medo de uma possível punição que Deus poderia conceder. Dessa forma, o ato de contrição não é valido, pois está sendo realizado por egoísmo, pensando apenas em si mesmo e não por amor ao Pai.

Outra questão que gera dúvidas em muitos católicos é se não chorar durante o ato, não demonstra verdadeiro arrependimento. A resposta para essa pergunta, é que lágrimas não são necessárias, nem possíveis para todos. O filho pródigo não derramou lágrimas – pelo menos na Sagrada Escritura não se relata isso. Deus sabe da nossa sinceridade antes mesmo das palavras saírem de nossa boca.

Por Redação Catequistas Brasil

 

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1 comentário

Alexandre Campello 11 de março de 2020 - 12:08

Uma pergunta: se Deus, que é o Pai Todo-Poderoso e Misericordioso, espera nosso arrependimento e contrição para nos perdoar (junto com a intenção de não mais cometer o pecado…), nós temos que perdoar quem não tiver se arrependido de nos ter feito algum mal?

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