Construa um plano de ação catequético para realizar novas dinâmicas com o catequizando

Saiba construir um plano de ação catequético conciliando ferramentas que ajudem na realização de dinâmicas com o catequizando

Um educador influencia mais a personalidade dos educandos pelo que ele é do que pelo sabe, muitas vezes. Desse modo, como promover uma catequese que junto com os catequizandos e os catequistas possam ensinar e mostrar um aprendizado para vida cristã enraizada e comprometida? Para isso, a sugestão é montar um plano de ação catequético e mostrar que a dinâmica possa ser usada em atividade centrada nas qualidades que se aprende nos encontros de catequese.

Atualmente, com a chegada das tecnologias voltadas de maneira direta às redes sociais, os catequizandos vêm para a sala de encontro plugados com os conhecimentos prévios tecnológicos comunicativos, ou seja, eles trazem para os encontros de catequese realidades que fazem parte do cotidiano midiático de cada um deles, isto é, o catequista ao abordar que antigamente, o Apóstolo Paulo escrevia cartas, é possível “passar pela cabeça” de um catequizando que o esse mesmo Apóstolo, hoje, escreveria mensagens via WhatsApp ou até mesmo e-mails, para comunicar as notícias sobre o Reino de Deus.

O catequista deve levar em consideração que os catequizandos atuais, vivem e interagem com um modelo de vida social, que na maioria das vezes se diferencia daquele que seu catequista foi educado. É possível observar uma criança na primeira infância interagir com um tablet em um estabelecimento comercial enquanto seus pais conversam entre si, e simultaneamente com as mãos e olhos fixos no aparelho celular para saber se há alguma “novidade” em seu aparelho que na maioria das vezes está relacionada aos grupos do Whatsapp que fazem parte, seja de suas famílias, empresas ou até mesmo amigos.

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Explicando alguns detalhes

Primeiramente, um plano de ação catequético é interessante e se faz necessário nos dias atuais. O catequista permite que os catequizandos interajam de maneira simultânea durante os encontros, indagando-os o que sabem sobre aquele determinado conteúdo ministrado durante o encontro de catequese, tendo como “pano de fundo” os conhecimentos prévios de cada um, ou até mesmo de toda turma como um todo, aprendidos nas redes sociais.

A maior evangelização que um catequista pode transmitir para um catequizando é o seu testemunho de vida. Contudo, diante da vivência que teve através da sua iniciação à vida cristã. Sendo assim, em paralelo à sua experiência centrada na fé, cabe ao catequista permitir aos catequizandos pesquisarem na internet sobre os variados temas dos encontros ministrados durante os encontros de catequese, para que durante os encontros interajam entre o catequista e demais colegas.

No que diz respeito à catequese junto a um catequizando com deficiência, por exemplo, o catequista pode perguntar à sua família se aquele catequizando possui tablet, e permitir que o leve para a catequese, desse modo, será possível o catequista utilizar do seu “objeto midiático”, para evangelizá-lo com qualidade.

Instrução criativa (Dinâmica real)

Uma sugestão de atividade que o catequista deve transmitir aos catequizandos conciliando a utilização da tecnologia, pode ser adaptada nesses exemplos:

1. Fazer de cada encontro um convívio interessante, onde o catequizando se torne o ‘catequista mirim’ de toda turma;
2. Por meio dos conhecimentos prévios, evangelize os amigos participando e interagindo sempre que indagado ou por iniciativa própria;
3. Comente com os catequizandos e catequistas o que sabe e o que se aprende através dos meios midiáticos que possuem em casa. Seja televisão ligada a um canal católico ou até mesmo uma pesquisa realizada por ele(a) em um site.

Em resumo, a catequese é o espaço de construção da vida cristã inicial para que em um ambiente saudável cultive a dimensão humana. Quando se educa para uma dimensão de fé, que aliada aos preceitos e a doutrina, o catequizando consegue estabelecer conscientemente essa relação. E utilizar a tecnologia no conceito catequético, é um auxílio para o trabalho evangelizador. É na vida comunitária que o catequista busca inserir o catequizando para vivenciar e praticar a fé.

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“A maior evangelização que um catequista pode transmitir para um catequizando é o seu testemunho de vida, diante da vivência que teve através da sua iniciação à vida cristã”

Thaís Rufatto dos Santos é Pedagoga. Psicopedagoga. Consultora em Educação Inclusiva. Coordenou a Pastoral da Pessoa com Deficiência, na Diocese de Santo Amaro/SP. Autora dos livros “Manual prático para catequistas: como evangelizar as pessoas com deficiência, É possível levá-las ao Pai!”, publicado pela Editora Pão e Vinho e “Catequese Inclusiva: da acolhida na fé à vivência na Comunidade”, Paulinas Editora. Contato: [email protected]

Fonte: Revista Paróquias