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O catequista e a resiliência: tenha dinamismo no processo de educação da fé

por Redação

Seja um catequista resiliente no processo de educação da fé

O tema da resiliência é novo em nosso meio, como conceito, embora bastante pertinente no meio catequético, mas familiar enquanto prática. Neste artigo vamos olhar o/a catequista como ser resiliente e, que por sua vez ajudará seus catequizandos no processo de empoderamento diante da missão de discípulos missionários de Jesus Cristo.

 

 

A especificidade da catequese, distinta do primeiro anúncio do Evangelho que suscita conversão, visa o duplo objetivo de fazer amadurecer a fé inicial e de educar o verdadeiro discípulo de Cristo, mediante um conhecimento mais aprofundado e sistemático da Pessoa e da mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo (CT 19).

Explicando

A resiliência é um recurso que o ser humano possui, em parte inato e, em parte adquirido ao longo do tempo. É uma realidade dinâmica que o faz superar seus limites, dando-lhe “empoderamento” (revestindo-o de uma força dinâmica para caminhar). Ou seja, pode-se dizer que “resiliência é a capacidade humana de extrair do íntimo do seu ser uma reserva extra de forças para superar dificuldades” .

Diante disso, a pergunta que nos inquieta é: como o catequista pode ser uma pessoa resiliente, que por meio da ação catequética ajude seus catequizandos no processo da experiência com Deus? O (a) catequista é uma pessoa que fez e faz a experiência com o Deus vivo. Ouve o seu chamado e se coloca à disposição do anúncio do Evangelho. “A formação, de fato, deve ajudar o catequista a amadurecer, antes de mais nada, como pessoa, como crente e como apóstolo” (DGC 238).

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Missão de catequista

Fico pensando nos(as) milhares de catequistas espalhados por todo esse nosso Brasil. Muitos(as) sem o mínino de recursos pedagógicos que o auxiliem no processo de fazer ressoar a Palavra de Deus, outros cheios de recursos, mas talvez não tão conscientes de sua responsabilidade como pai e mãe na fé, diante da sublime missão que a Igreja lhe confia, como educador(a) para formar discípulos missionários de Jesus Cristo.

Mas por outro lado, uma multidão de homens e mulheres incansáveis que tem consciência plena de sua missão e que dão a vida por este trabalho e, com poucos recursos, mas muita boa vontade e capacitação conseguem fazer a diferença. Vencem desafios, constroem seu tempo alternativo, marcam e são presenças. São verdadeiros heróis e heroínas da fé. Resiliência por natureza.

Ano catequético

Tendo como ponto de partida os conceitos acima apresentados, dentro do contexto do ano catequético, retomo a ideia do caminho de Emaús. O Mestre vai, passo a passo trazendo à memória dos caminhantes os conhecimentos que os mesmos já tinham a respeito do Messias. E, estes, após a experiência do partir o pão, fazem o passo a passo do processo resiliente do caminho. Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,32).

Tal qual o Mestre Ressuscitado, semelhante caminho o(a) catequista é chamado a fazer com seus catequizandos, quando lhes explica as escrituras, trazendo a compreensão dessa Palavra para dentro do horizonte da vida em família e comunidade por meio da resiliência. Fazemos catequese para formar discípulos/as de Cristo que se comprometem com a construção de um mundo novo.

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5 virtudes do catequista
  1. O(a) catequista é uma pessoa que investe tempo na leitura da Palavra de Deus, nos encontros de formação, nas reuniões do grupo de catequese, na participação nos sacramentos e, por consequência, na vida de sua comunidade;
  2. O(a) catequista vai ganhando empoderamento, ou seja, autoridade para anunciar, porque vai fazendo uma experiência. Não vai falar por ouvir dizer ou por ter aprendido nos livros, mas porque vive, está no dia a dia da vida de seu povo e é uma pessoa de fé;
  3. O(a) catequista resiliente fez um longo caminho de fé e, vai se convertendo dia-a-dia;
  4. Tem maestria no manuseio da Palavra de Deus e, acima de tudo é uma pessoa que interage no processo de fé e vida. Quando abre a boca é como um favo de mel que se abre deixando cair gotas que nutrem a sede da alma.
  5. Sabe que não é dono da verdade, mas que traz em si uma centelha do Espírito de Deus e, que pela força deste mesmo Espírito artilha de sua amizade profunda e fecunda com Deus.
O catequista resiliente

Assim, o (a) catequista, como pessoa resiliente, que fez e faz o caminho com Cristo, pela força do Espírito Santo recebida em seu batismo e confirmado no sacramento da crisma, entende e consegue despertar em seus catequizandos o comprometimento com o evangelho, tendo como base a vida comunitária.

Neste mundo de tanta violência e desafios à fé cristã, consegue despertar no coração de seus catequizados a centelha da cultura da paz, do amor a Deus e aos irmãos e irmãs que já está ai, semeada pela força do Espírito, como dizia São Justino (século II), “as sementes do Verbo”.

 

 

Pe. José Valdecy Romão é Mestrando em Teologia Pastoral pela EST, São Leopoldo/RS (linha de pesquisa: aconselhamento pastoral), Especialização em Teologia Pastoral pelo IEC, pela PUC-Minas.
Contato: [email protected]

Fonte: Revista Paróquias (edição 20)

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1 comentário

A família na catequese é parte essencial da iniciação cristã dos catequizandos 9 de dezembro de 2019 - 17:41

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