Catequese Querigmática – o coração da evangelização católica
Todo catequista é fruto do encontro pessoal com Jesus Cristo, é resultado de um encontro que lhe transformou a vida e que precisa ser comunicado com alegria e confiança. Somos catequistas por causa de Jesus, o centro da Catequese é Jesus, e, portanto, devemos sempre, e desde o início, partir de Jesus Cristo!
O Que é Querigma e Como Aplicá-lo na Catequese
A catequese parte do querigma! Precisamos desenvolver uma catequese toda querigmática.
Mas o que é querigma? O que isso significa na prática?
O kerygma é uma palavra grega que significa basicamente a mensagem importante que precisa ser anunciada. A origem desse termo está relacionada aos antigos mensageiros, chamados “quérix”, que costumavam percorrer os reinos antigos divulgando notícias importantes, especialmente aquelas relacionadas aos reis e à vida no palácio. No Novo Testamento, é usada para falar sobre a mensagem central da fé cristã. Então, quando falamos de querigma, estamos nos referindo à mensagem fundamental do cristianismo.
A catequese se baseia no querigma, busca não só ensinar sobre a fé, mas também promover um encontro pessoal com Cristo, porque “o centro do primeiro anúncio (querigma) é a pessoa de Jesus” (Diretório Nacional da Catequese, n. 30). É o primeiro anúncio do Evangelho para aqueles que ainda não conhecem Jesus Cristo, e também o primeiro anúncio da Verdade àqueles que, tendo sido batizados ou não, já tendo ouvido falar de Jesus ou não, já tenham ou não lido ou assistido algo, até já tenham ou não frequentado a Missa, mas que ainda não tenham sido tocados por esta Verdade. É o anúncio inicial, de onde derivam todos os outros temas.
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Por Que Toda Catequese Deve Ser Querigmática
A verdadeira evangelização começa com o querigma, seguido pela catequese em si mesma, que ensina as verdades e promove a adesão contínua ao projeto de Jesus que fora apresentado no próprio querigma. Embora interdependentes, o querigma e a catequese são distintos e essenciais para seguir Jesus, resultando no verdadeiro espírito missionário da Igreja.
Realmente, no querigma “o sujeito da ação é o Senhor Jesus que se manifesta no testemunho de quem o anuncia” (Diretório para a Catequese, n. 58), que faz arder os corações, que abre os olhos dos catequizandos e que com eles partilha sua vida, de modo que, durante a catequese e a partir do querigma, também eles sintam-se necessitados a pedir:
“Fica conosco, Senhor!” (Lc 24,29).
Ou seja, uma boa catequese não parte de um recontar de fatos passados, como uma ordem cronológica da História da Salvação, tendo os primeiros encontros sobre a criação, passando pelo pecado original, os patriarcas, reis e profetas, para só depois chegar ao Novo Testamento e aí surgir a figura de Jesus. Não! Ele é o centro e a mensagem já do primeiro encontro, já desde as boas-vindas, porque estar na catequese é, em princípio, responder ao chamado de Jesus para estar com Ele, aprender mais o modo de segui-lo, de estabelecer uma amizade com Ele e, na comunidade, uma amizade com aqueles que também são amigos de Jesus.
Benefícios da Catequese Querigmática:
- Desperta o encontro pessoal com Jesus
- Promove adesão consciente à fé cristã
- Fortalece o espírito missionário
- Conecta a vida pessoal e comunitária
O querigma, portanto, proclamado por catequistas maduros em sua missão, aborda as questões fundamentais do ser humano e ilumina o início de uma nova jornada de fé; partimos de Jesus! Afinal, “não haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus, não forem anunciados” (Evangelii Nuntiandi, nn. 22).
Se exercitarmos esta prática e esta didática de sempre partir de Jesus, de iniciar a caminhada com o querigma, aí então, catequistas e catequizandos, poderão dizer com propriedade o mesmo testemunho escrito por nossos pastores.
Como diz o Documento de Aparecida (n. 29):
Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria.
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Por Douglas Palmeira / Redação – Catequistas Brasil