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A vocação e a espiritualidade do Catequista

por Redação

Viver segundo o Espirito de Jesus Cristo é a vocação de todo aquele que ouviu o chamado do Filho de Deus e aceitou fazer com ele o caminho para a casa do Pai

Catequista é discípulo (a) de Jesus Cristo e vive sua missão na comunidade de fé em comunhão com a comunidade em quanto lugar da experiência de fé, de fraternidade, de solidariedade, de acolhida e vivência da prática de Jesus Cristo.

A Comunidade é o lugar de encontro com Cristo, de escuta e de revelação da Palavra do Senhor (Jo 20,19-20; Mt 18,19-20).

Catequista é a pessoa que fala em nome da comunidade (EN 60) e por chamado de Jesus Cristo, por isso se exige do Catequista fidelidade no seguimento de Jesus Cristo (EN 44.63. SD 33), pois, ao catequista, compete a tarefa de atualizar a revelação de Deus feita por meio de Jesus Cristo.

 

 

Ministério do catequista

Chamado pelo Senhor a uma missão especial, fazer novos discípulos, formar Comunidade e revelar o amor do Deus vivido manifestado em Jesus Cristo. (Mt 28,16-20; Lc 5,1-11). Sendo assim, ser catequista é viver uma vocação caracterizada pela disposição de servir o irmão no caminho do Reino. O que encontra sua identidade na vivência da comunhão e participação na missão da Comunidade dos discípulos do Senhor. O que é uma realização da nossa vocação batismal (Est. CNBB 59, Nº 44.), deste modo o catequista deve ter sempre presente que é membro da Igreja, que é enviado por Deus e pela Comunidade para a educação na fé (Est. CNBB 59, Nº 45.46).

Catequista é formador para vivência dos ensinamentos na prática daquele que veio para servir e dar a vida em resgate de muitos, foi chamado a participar do Ministério dado por Jesus a seu corpo que é a Igreja, foi colocada a serviço do Reino na comunidade de fé em comunhão com os Pastores da mesma Igreja.

Os Catequistas são enviados como ministros da Palavra e a serviço da Palavra, em favor da vida, a exemplo do Mestre. O catequista é alguém que foi ungido pelo Espirito Santo e é conduzido pelo mesmo Espírito na realização da missão catequética, pois, tem nas mãos e no coração a missão que Jesus recebeu do Pai (Lc. 4,14-20.42-44).

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Encarne a Palavra

É preciso que o catequista  por vocação encarne a palavra de Jesus. “O Filho do Homem veio ao mundo para servir e dar a vida para que outros tenham vida” e vida que Deus quer.

Catequista é um instrumento nas mãos de Deus. É um sinal do amor de Deus para com a comunidade e a humanidade. Como profeta fala o que Deus tem a dizer a seu povo, como discípulo de Jesus, assume as dores, as angustias e as esperanças dos pobres, marginalizados e excluídos, tendo Cristo como caminho, verdade e vida. Contudo, a todos anuncia o Evangelho de Jesus Cristo e caminha com Deus e com o povo.

Como educador da fé. É aquele que como Jesus caminha com o povo, respeita a sua cultura, sua linguagem, seu jeito de ser, celebra e vive a fé em comunidade. Portanto, é pessoa de oração, de meditação da Palavra de Deus e da vida do povo.

Mística do Catequista

A mística do catequista é trinitária, libertadora, comprometida com a vida e a serviço da vida. Contudo, o Catequista é uma pessoa de fé, esperança e caridade, vive sua vocação no Espírito da Trindade, na escuta do clamor do povo, vê o sofrimento do outro e à luz da fé, busca os recursos necessários no processo de solidariedade no resgate de dignidade da vida.

Amante da Palavra de Deus, se faz lugar da manifestação da misericórdia e do amor de Deus para com os pequenos, marginalizados e excluídos. Conduzido por esta mística o catequista se abre constantemente à ação do Espirito Santo e por Ele se deixa conduzir na vida de comunhão com Deus a serviço da vida. Ele passa de observador a contemplador da natureza, faz do mundo o templo do Deus vivo, pois sabe que o mundo é de Deus.

O segredo desta vida esta na participação na vida e missão da Igreja, na celebração da vida, que chega seu ponto alto na fração do Pão, Pois, na experiência de fé da comunidade é o Pão que dá vida ao mundo. “Quem come deste Pão permanece em mim e eu nele”: Diz O Senhor. Aí a pessoa acolhe e vive a vida que se entregou no amor ao projeto do Pai.

Mergulhando nos mistérios de Deus

“Quem crê não pode deixar de anunciar e de testemunhar a fé (CR 66) quem foi escolhido, recebe um encargo, uma missão”: anunciar Jesus Cristo, mas Jesus Cristo encarnado na vida do povo, aquele Jesus que foi fiel à proposta libertadora do Pai. A principal tarefa do catequista é pregar o Evangelho, isto é: a Boa nova de Jesus Cristo.

A Catequese tem que nos levar: Expressar nossa fé de modo consciente e transformador na celebração litúrgica e de modo especial na celebração eucarística. A adoração do Pai no respeito e promoção da vida numa entrega incondicional a serviço dos irmãos na comunhão com o Filho de Deus na unidade da Comunidade, (CR. 67).

Catequizar é mergulhar no mistério de Deus e da pessoa humana. É fazer da vida o lugar da manifestação da Santíssima Trindade que é a melhor Comunidade.

Experiência de encontro

Os que fizeram a experiência do caminho no encontro com o Senhor (Jo 1, 35-51), são chamados a ser luz que ajude o outro a se tornar adulto na fé (Mt 5,5,13-16). É preciso descer as profundezas das raízes, para que o outro reencontre os caminhos da vida (Jo 12,20-36; 14,1-6), fazendo se caminho, verdade e vida, para isso é necessário assumir o projeto libertador de Jesus Cristo, até as últimas consequências.

Primeiramente, é o Espirito que conduziu Jesus nos caminhos da vida, que faz brotar nova vida para glória de Deus Pai e a realização da pessoa humana para sua vocação.

O discípulo não está só. Jesus prometeu estar presente em todos os momentos e o caminho de comunhão com Jesus passa pela meditação da palavra de Deus, pela celebração e vivência da Liturgia como ação de Cristo e da Igreja, pela participação na Eucaristia, que é entrega total da vida na vida de Deus, fazendo da própria vida o lugar da habitação de Deus. Tal foi o caminho que Jesus fez no serviço ao Pai e aos irmãos e irmãs, passando pela mesa da Cruz e da Eucaristia.

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Igreja presente na vida do Catequista

No seguimento de Jesus Cristo, o Catequista percebe e conclui com o Apóstolo Paulo, a Igreja é “Corpo de Cristo”. Se a Igreja é Corpo de Cristo, logo, Cristo está presente na vida e na Ação do catequista, podemos tomar aqui o que diz o Concilio, SC.7.10 Jesus está presente em toda ação dos discípulos, ele é, a cabeça, o Espírito que move e dá sentido a ação da Igreja (Cl 1,18;2,9; Ef 1,13;4,15) Lucas em At. Nos dá o perfil do catequista, quando diz: nós e o Espirito Santo somos testemunhas da Ação de Deus e do que têm acontecido nos últimos tempos (At 5,30-32)

Primeiramente, a Espiritualidade e a mística do catequista constituem uma identidade que revela a presença do Cristo na Comunidade. Ele está comprometido com a qualidade de vida da pessoa humana e do universo, aí o sacramento se torna vida e vida vira Sacramento de libertação e salvação.

Onde a educação para o os caminhos de Jesus significam conduzir para a universalidade, tendo como meta realizar a vontade do Pai.

Papel da comunidade

Nesta caminhada a Comunidade tem papel importante na vocação. É nela que a pessoa alimenta a fé que recebeu no batismo, fortalece pela Eucaristia e faz da vida. Uma hóstia viva misturando sua vida com a vida de Cristo Ressuscitado assumindo os Caminhos de Jesus no tempo presente.

Jesus, o Pão partido para a vida do mundo, está presente no seu corpo que é a Comunidade e nela se deixa encontrar. Mas Ele quer ser hoje, o que foi para o cego, para o paralítico, para o surdo mudo para Maria Madalena, para Marta e Maria e muitos, outros, que descobriram nele o Salvador, o Filho do Homem, o Filho de Deus, o Cristo do Senhor, o libertador. Ele não é um mágico, mas alguém que ama a vida e que pela vida dá a própria vida. O Catequista por vocação Crê e conduz a fé que recebeu, e por isso transmite, não só por palavra, sobretudo com o testemunho de vida.

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Pe. José de Oliveira da Silva é Pároco da Paróquia Santíssimo Salvador, Arquidiocese de Goiânia/GO.

Fonte: Revista Paróquias

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1 comentário

Torne a missa com as crianças mais dinâmica 9 de dezembro de 2019 - 15:25

[…] Leia mais:  A vocação e a espiritualidade do Catequista […]

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