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Permita que a acessibilidade do catequizando portador de deficiência seja uma prioridade

por Redação

Acessibilidade do catequizando 

Falar em acessibilidade do catequizando é o mesmo que falar em amor, porque o amor é acessível, não é preconceituoso, e não tem barreiras intransponíveis e muito menos obstáculos. Para incluir catequizandos com deficiência nas paróquias e tornar estes espaços físicos acessíveis, é necessário primeiramente amar o próximo como a si mesmo e, em seguida, ver Jesus em cada um deles. Portanto, o amor deve ser o alicerce de todo trabalho evangelizador inclusivo.

 

 

Para que a partir dessa realidade o agente trabalhe à luz dos ensinamentos de Jesus, em Mt 25,40, quando Ele exorta “se fizestes isso ao menor dos meus irmãos, é a mim que o fizestes”, e as pessoas portadoras de deficiências têm todo o direito de frequentar os encontros como as demais pessoas sem algum tipo de deficiência.

Como fazer para trabalhar a realidade do espaço físico e acolhê-los?

A arquitetura do interior e exterior das igrejas, sempre em comunhão com a arte e a liturgia, suscita a questão da acessibilidade. Palavra que vem do latim “accessibílitas/Átis” – ‘livre acesso, possibilidade de aproximação’ – termo usado atualmente como uma bandeira para que os olhares se voltem especificamente para pessoas com algum tipo de deficiência física e/ou mobilidade reduzida que se deparam diariamente com as barreiras atitudinais de pessoas, além daquelas arquitetônicas dos templos e edifícios.

A pessoa com deficiência deverá encontrar no interior das paróquias, um local de acolhida, como acontecia nos evangelhos quando Jesus acolhia a todos sem discriminar ninguém. O acesso na paróquia possibilitará a comunhão da pessoa com deficiência com a Palavra de Deus, e a acolhida constituirá uma característica das pastorais e movimentos existentes no interior dela, por isso, este é o objetivo de proporcionar o acesso para acolher a pessoa com deficiência.

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Obstáculos comuns encontrados na sociedade

  1. Barreiras físicas: são aquelas que impedem a pessoa com deficiência acessar, sair e permanecer em determinado local, por exemplo: escada, portas estreitas que impedem a circulação de cadeira de rodas, falta de informações em Braille para deficientes visuais, falta de sinalização visual para deficientes auditivos.
  2. Barreiras atitudinais: são os preconceitos, estigmas e estereótipos, como por exemplo: achar que determinado tipo de deficiência é contagiosa, discriminar pessoas com base em sua condição física, mental ou sensorial.
Medias párticas

Para que nossas paróquias sejam, de fato, lugar de unidade, de reunião fraterna entre todos, há de se adaptar à estas medidas.

O Símbolo Internacional de Acesso – SIA que tem padrão internacional de cores e proporções e deve constar em todos os locais adaptados e reservados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Deverá estar acompanhado de símbolos indicativos dos diversos usos da edificação como banheiros, rotas de fuga e os equipamentos acessíveis.

As sinalizações visual, tátil e sonora devem ser aplicadas em conjunto e apresentar informações essenciais por meio dos “símbolos internacionais de acesso”, apresentados pela norma NBR 9050, Norma Brasileira que trata da “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”. Dessa forma, são confeccionados por meio de conceitos internacionais de sinalização visual dando um caráter de alta legibilidade ao pictograma, especifica combinações que variam de acordo com a iluminação do ambiente, do contraste e da pureza da cor; e ainda normatiza quanto à redação dos textos de orientação, sua distância em relação ao observador e o dimensionamento destas letras e números. Contudo, o mesmo serve para as paróquias.

Explicando os símbolos internacionais de acesso
  1. A sinalização tátil refere-se às informações em Braile dirigidas às pessoas com deficiência visual.
  2. A sinalização sonora para as pessoas com deficiência visual que caminham a pé até a paróquia se refere às sinaleiras sonorizadas instaladas em vias de maior movimentação da cidade onde o pedestre deve apertar o botão e segurá-lo até ouvir um bipe. Depois, ele deve aguardar um sinal sonoro que indica que pode atravessar. No fim do tempo da travessia, o bipe fica mais rápido, concluindo o tempo de passagem.
  3. A sinalização tátil no piso seja ela alerta ou direcional. São aquelas que são integradas ou ainda sobrepostas ao piso comum. Possui o objetivo de alertar ou direcionar o pedestre fazendo parte da chamada “rota acessível”. Sendo assim, a sinalização de alerta deve ser instalada nos rebaixamentos de calçadas, no início e término de escadas (fixas e rolantes), rampas, junto às portas dos elevadores, entre outros e a direcional é “utilizada em áreas de circulação na ausência ou interrupção da guia de balizamento”, e serve para indicar o caminho a ser percorrido sendo utilizada também em espaços amplos.

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Sinalizações que devem ser observadas
Rampas

Prever rampas de acesso com inclinações (entre 6% e 8%), pausas adequadas (para descanso se muito extensas) e largura compatível (mínima de 1,20m livre) de forma que possibilite um acesso independente e seguro; pisos antiderrapantes; instalar corrimãos com apoio em alturas diferentes para atender tanto a quem se locomove em pé ou usa uma cadeira de rodas.

Sanitários

Adaptados às pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida, possuindo 5% do total de cada peça sanitária. Deve estar localizado em rota acessível; ter dimensões mínimas de 1,50m por 1,70m contendo espaço de transferência, área de manobra, um vaso sanitário com altura de 46cm, um lavatório que garanta aproximação frontal e altura entre 78 e 80cm; ter porta com no mínimo 80cm livre para passagem e abrir para fora do box; abrigar barras de apoio com material resistente e fixadas em superfícies rígidas e estáveis.

Estacionamento

A vaga reservada para pessoas com deficiência deverá prever além do espaço para o veículo, uma faixa de circulação adicional à vaga; localizar próxima ao acesso principal do edifício garantindo que o caminho esteja livre de barreiras; ter piso nivelado e estável; ser devidamente sinalizada.

Assentos

Os espaços para cadeiras de rodas devem ser integrados aos demais assentos da assembleia, de preferência em locais de fácil acesso, conforto e boa visibilidade; não obstruir a visão do quem está sentado atrás; ser sinalizado com o Símbolo Internacional de Acesso – SIA; espaço para estacionar a cadeira de rodas deve ter 0,80cm x 1,20m e estar situado junto à cadeira para acompanhante. De nada adianta adequação física se estes espaços não forem inteiramente sinalizados com o rigor da norma.

Portanto, nas salas, onde são ministrados os encontros, requer-se da parte dos (as) catequistas, uma atenção mais individualizada para com os catequizandos com deficiência. O objetivo é evangelizar a turma toda. Dessa forma, deve haver desde rampa de acesso, mobiliário acessível, banheiros adaptados e um catequista que ama seu chamado e vocação de ser catequista inclusiva.

 

 

Thaís Rufatto dos Santos é Pedagoga, Psicopedagoga, Consultora em Educação Inclusiva. Coordena a Pastoral da Pessoa com Deficiência, na Diocese de Santo Amaro – SP. Autora dos livros “Manual prático para catequistas: como evangelizar as pessoas com deficiência É possível levá-las ao Pai!”, publicado pela Editora Pão e Vinho. Publicou pelas Edições Paulinas, “Catequese inclusiva: da acolhida na fé à vivência na comunidade”. Contato: [email protected]

Fonte: Revista Paróquias

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2 comentários

Andréa leite 1 de outubro de 2019 - 12:42

Por gentileza poderia mandar mais materiais. Obrigada!

Resposta
webmaster 4 de outubro de 2019 - 15:36

Estamos sempre trabalhando para isso, Andréa! Obrigado por visitar nosso blog! ♥

Resposta

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