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Catequistas testemunhas da gratidão

Catequistas testemunhas da gratidão: Roteiro para viver o Dia de Ação de Graças

por Redação
gratidão

A palavra gratidão tem origem no latim, derivando de dois termos: gratus, que significa grato, agradecido; e gratia, que significa graça, gratidão, favor.

Agradecer é reconhecer. Gratidão é um sentimento que expressa a nossa consciência de que, apesar de alguma dificuldade, temos sempre pelo que agradecer.

 

Catequeses 2025

 

O dom da vida é um motivo constante de gratidão. Cada pessoa é única, obra-prima do amor de Deus, criada à sua imagem e semelhança (Gn 1,26) e animada por seu sopro (Gn 2,7) que nos torna capazes de escrever nossa história de maneira irrepetível.

Agradecer é transbordar confiança. Nossa história é costura de sonhos, realizações, frustrações e tristezas. Mas a pessoa que aprende a educar seu coração para a gratidão consegue enxergar a esperança no horizonte.

E assim, “a fonte e o ápice da vida cristã” (LG 11), a Eucaristia, significa expressamente ação de graças. O Catecismo do Igreja Católica explica: “As palavras ‘eucharistein’ e ‘eulogein’ lembram as bênçãos judaicas que proclamam – sobretudo durante a refeição – as obras de Deus: a criação, a redenção e a santificação” (CIgC, n. 1328).

Portanto, ação de graças é a virtude de reconhecer que o mistério da vida, e também da morte, encontram sua plenitude em Deus Pai, criador e providente.

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O Papa Francisco recorda que a gratuidade é um compromisso de nossa fé para que se reconstrua a fraternidade e a amizade social. Na Carta Encíclica Fratelli Tutti afirma: “Quem não vive a gratuitidade fraterna transforma a sua existência em um comércio cheio de ansiedade: está sempre medindo aquilo que dá e o que recebe em troca. Em contrapartida, Deus dá de graça, chegando a ponto de ajudar mesmo os que não são fiéis e ‘faz nascer o seu sol sobre maus e bons’ (Mt 5,45)” (FT, n. 140).

Nestes tempos de recomeço, ainda em situação pandêmica e diante de conflitos de guerra e polarizações que exaltam os ânimos, tenhamos a humildade de encontrar pequenos motivos para agradecer.

O exercício da gratidão sempre será oportunidade de reconciliar, reconstruir, criar vínculos e estabelecer pontes com aqueles de nossa relação fraterna, seja no âmbito da família, nos círculos de amizade e na vivência da fé cristã em comunidade, onde tudo é colocado em comum para o bem de todos!

Praticando a gratidão e reconhecendo o dom da vida que pulsa nos irmãos e irmãs, e em toda a criação, saberemos dar testemunho de fé no Deus da vida, o Deus de Abraão, Isaac e Jacó. O Deus que se revelou em Jesus Cristo e derramou o seu Espírito para “fazer novas todas as coisas” (Ap 21,5).

Amém! Maranatá!

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SUGESTÃO DE CATEQUESE

Gratidão: a transmissão da fé que brota do coração

Para que nossos grupos de catequistas possam se reunir e bendizer a Deus pelas maravilhas que realizou em nossas vidas neste ano de 2022, abaixo segue um breve roteiro de oração inspirada na Leitura Orante da Palavra de Deus.

Refrão inicial: (link: https://www.letras.mus.br/harpa-crista/528580/)

Graças dou por esta vida, pelo bem que revelou

Graças dou pelo futuro, e por tudo que passou

Pelas bênçãos derramadas, pela dor, pela aflição

Pela graça revelada! Graças dou pelo perdão!

Graças pelo azul celeste e por nuvens que há também

Pelas rosas do caminho, por espinhos que elas têm

Pela escuridão da noite, pela estrela que brilhou

Pela prece respondida, pelo sonho que falhou.

Pela cruz e o sofrimento e por toda provação

Pelo amor que é sem medida, pela paz no coração

Pela lágrima vertida, pelo alívio que é sem par

Pelo dom da eterna vida, sempre graças hei de dar!

1º passo: LEITURA

Leitura da Primeira Carta aos Tessalonicenses (1Tes 5,12-24).

– Após a leitura do texto, permanecer em silêncio para meditação.

– Sublinhar palavras ou expressões que chamam atenção no texto.

– Por que destacamos estas expressões? (Partilha olhando o texto)

2º passo: MEDITAÇÃO

Algumas considerações para conversar em grupo:

– A Primeira Carta aos Tessalonicenses é o livro mais antigo do Novo Testamento e a Carta mais antiga escrita por Paulo, que tinha como finalidade a ação de graças pela perseverança da comunidade cristã em Tessalônica e de encorajamento para testemunharem a fé com atitudes práticas no meio das dificuldades.

– A expressão “dar graças” aparece três vezes na Carta (1,2; 2,13; 5,18), diante do contexto de perseguição da fé que viviam as primeiras comunidades. Esta expressão ressalta a dimensão fraterna que distinguia os cristãos daquela cidade em referência às comunidades que estavam sendo organizadas durante as viagens de Paulo.

– Paulo usa de alguns conselhos para encorajar a comunidade, chamando cada pessoa para a responsabilidade de assumir a fé em Jesus Cristo: conservar a paz, viver contentes, abraçar o que é bom, e em todas as situações, dar graças a Deus.

Canto: (link: https://www.letras.mus.br/jose-acacio-santana/como-e-bonito-senhor/)

Como é bonito, Senhor, cada manhã te agradecer. Mais uma vez teu amor vem me chamar pra viver.

Contigo, Pai de amor, eu quero caminhar e assim por onde eu for, irás me acompanhar!

Para partilhar

a) De que maneira podemos continuar testemunhando a nossa fé por meio da gratidão?

b) Quais aspectos da música de abertura nos convidam a expressar nossa gratidão a Deus em diferentes acontecimentos de nossa vida?

3º passo: ORAÇÃO

“Conservai a paz entre vós. Em todas as circunstâncias, dai graças” (1Tes 5,13.18).

A experiência da oração é renovar nossa opção pela unidade na fé, como em Pentecostes. Qual a prece que queremos elevar a Deus nesse momento?

4º passo: CONTEMPLAÇÃO

“Não há dever mais urgente que o de agradecer” (Santo Ambrósio – que foi catequista de Santo Agostinho)

– Qual compromisso podemos assumir para expressar em atitude concreta a gratidão que trazemos no coração? (partilhar e assumir um compromisso conjunto)

Ariél Philippi Machado – Catequista na Arquidiocese de Florianópolis (SC), membro da Rede Lumen de Catequese, Teólogo e Especialista em Catequese – Iniciação à Vida Cristã

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1 comentário

Vanderlucia Pereira da Silva 23 de novembro de 2022 - 11:49

Podemos visitar as famílias dos catequizandos. Pois assim, como nós, todos e cada passa por dificuldades, que é bom nos catequistas saberem para bem evangeliza-los.

Resposta

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