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Segunda-feira Santa: Os primeiros passos de Nosso Senhor a caminho do Calvário

por Redação
Segunda-feira Santa: Os primeiros passos de Nosso Senhor a caminho do Calvário

Na Segunda-Feira Santa, Jesus anuncia que seu sacrifício está próximo

A Semana Santa começou, foram 40 dias de Quaresma em espera para a chegada do Domingo de Ramos, que abre as portas para a o período mais importante para a Igreja Católica. São sete dias de recordação à paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Hoje, Segunda-feira Santa, o filho de Deus dá seus primeiros passos para cumprir a promessa das sagradas escrituras: dar a vida pela humanidade, só por amor.

Ontem, Domingo de Ramos, o Brasil se emocionou com diversas procissões realizadas com o Santíssimo em território nacional, já que a passeata com ramos, tradição católica, também foi cancelada devido à pandemia de coronavírus. Desse modo, levantou-se a seguinte questão: Como vivenciar os outros dias da Semana Santa e o que é recordado em cada um deles?

 

Celebrando os passos de Jesus

Na Segunda-Feira Santa, já se foi festejada a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, no dia anterior. Agora, a meditação da Igreja gira em torno do caminho que Cristo percorreu até o calvário. Esse trajeto não é o caminho da morte, mas sim da salvação. Jesus, ao dar seus passos em direção ao seu sacrífico, está andando rumo à libertação da humanidade. Isso porque a morte e o calvário são passageiros. No evangelho do dia, Nosso Senhor anuncia para seus discípulos que o dia de sua condenação à morte está próximo.

Neste dia, é muito comum em diversas paróquias, recordar a devoção de Nosso Senhor dos Passos, homenagem a Jesus que abre a semana que celebra a paixão, morte e ressurreição do Filho de Deus, isto é, os passos por ele percorridos até o dia da Páscoa. O caminho que Jesus encontrou não foi fácil, foi doloroso, foi impiedoso e foi sacrífico. Desse modo, Nosso Senhor dos Passos, nos guia em nossas dificuldades e trajetórias para encontrar a salvação.

Principalmente, perante a pandemia de COVID-19, que tem causado inúmeras mortes ao redor do mundo, é importante lembrar que Jesus se faz presente em cada momento de dificuldade. Ele deu sua vida pelo povo e continua a doando todos os dias. Deus é misericordioso e compassivo, que todos os católicos utilizem essa Semana Solene como fortaleza de fé para o fim dessa doença que atinge a humanidade.

Leia mais:
Semana Santa: história, liturgias e significados

Oração para a Segunda-Feira Santa

Esta oração foi escrita por Santo Afonso de Ligório e recorda os passos de Jesus e toda a sua trajetória:

Dulcíssimo Jesus, no Horto das Oliveiras, triste até a morte, profundamente angustiado, oprimido da agonia, coberto de suor de sangue.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, pelo ósculo traidor, entregue às mãos dos Vossos inimigos, maltratado, atado e preso com cordas abandonado pelos discípulos.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, pelo injusto conselho dos judeus, julgado réu de morte, entregue a Pilatos, desprezado e escarnecido pelo ímpio Herodes.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, despido, preso a uma coluna e açoitado cruelmente.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, coroado de penetrantes espinhos, ferido na sagrada cabeça com uma cana; vestido por escárnio, de um manto de púrpura, saciado de opróbrios.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, mais odiado que um ladrão e um assassino, reprovado pelos judeus condenados à morte de Cruz.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, carregado com a pesada Cruz, caído por terra, levado ao Calvário, como o cordeiro em matadouro.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, homens das dores, despojado das Vossas pobres vestiduras, contado entre os criminosos imolado em sacrifício pelos nossos pecados.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, cravado cruelmente na Cruz, ferido dolorosamente por causa das nossas iniquidades, quebrantado por causa das nossas culpas.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, escarnecido ainda na Cruz, atormentado e oprimido de dores inefáveis, consumido de sede, abandonado na mais dolorosa agonia pelo próprio Pai celestial.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, morto na Cruz, transpassado por uma lança, a vista de vossa dolorosa Mãe.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, descido da Cruz, depositado nos braços de vossa santíssima Mãe e banhado em Suas lágrimas.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, ungido e embalsamado pelos discípulos amantes com preciosos aromas e envolvido em lençóis limpos e depositado no Santo Sepulcro.

– Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Ele tomou verdadeiramente sobre Si as nossas iniquidades.

E as nossas dores Ele mesmo suportou

Evangelho da Segunda-Feira Santa (Jo 12,1-11)

1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo. 4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dá-las aos pobres?” 6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”.9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus ressuscitara dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.

Por Redação Catequistas Brasil

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