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A visita às famílias dos nossos catequizandos, fazendo encontros, é uma ação missionária também! E, nestes tempos, onde nossas famílias estão tão alheias à catequese dos seus filhos, é quase uma “meta” em nosso planejamento
Primariamente, o conteúdo da catequese é a Bíblia/Palavra, a mensagem da catequese se encontra nas Sagradas Escrituras, principalmente nos Evangelhos; também encontramos na Tradição (comportamento do povo e herança apostólica) e no Magistério (doutrina, catecismos). Qualquer tema da catequese se encontra em um destes 3 lugares. No entanto, o mundo contemporâneo nos faz buscar inspiração no mundo e na sociedade para complementar a Palavra, a Tradição e o Magistério.
Resumindo, as fontes da Catequese são:
- Nas sagradas Escrituras;
- Tradição (Devoção aos santos, devoção mariana, terço, orações/fórmulas);
- Magistério (Catecismos). (DNC 23 – 25 – 106 – 107- 123 – 126 – 127)
Não podemos esquecer também a pessoa do Catequista, que tem a missão importantíssima de transmitir estas mensagens. Em sua fala no Simpósio Internacional sobre Catequese o Papa Francisco acrescentou que o “Catequista caminha a partir de Cristo e com Ele, não é uma pessoa que parte de suas próprias ideias e gostos, mas se deixa olhar por Ele, porque é este olhar que faz arder o coração.”
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Segundo o Papa Francisco, o catequista deve levar crianças, jovens e adultos ao encontro de Jesus. Seja por meio das palavras ou dos exemplos de sua própria vida, seguindo três pilares:
- Ter familiaridade com Cristo, aprender com Ele, escutá-lo e permanecer em seu amor, como Ele mesmo ensinou aos discípulos: “Permaneçam no meu amor, permaneçam ligados a mim, como o ramo está ligado à videira. Se somos unidos a Ele, podemos dar frutos”. O coração do catequista deve viver essa união com Ele.
- Viver o dinamismo do amor, a exemplo de Cristo, no sair de si para ir ao encontro do outro. O dom do catequista o impulsiona sempre para fora de si mesmo, doando-se aos outros.
- Não ter medo de sair, de ir até as periferias, de ir a quem precisa, sair do comum para seguir a Deus, porque Deus vai sempre além.
O encontro de catequese deve ter o cuidado de desenvolver a vivência pessoal e comunitária da fé e seu compromisso com a transformação do mundo. Sendo assim, é fundamental que esses conteúdos tenham por base a fé crida, celebrada, vivida e rezada, e constitua um chamado à educação cristã integral.
O Catecismo da Igreja Católica é oferecido a todos os fiéis e a cada homem que queira conhecer aquilo em que crê a Igreja Católica. A educação à fé é bem radicada em todas as suas fontes e abraça diferentes dimensões.
Ela é sustentada por quatro colunas:
- O Credo;
- Os Sacramentos;
- Mandamentos e Bem aventuranças;
- Oração do Pai Nosso.
Baseado na riqueza da tradição do Catecismo, buscamos a orientação recordando a História da Salvação nas três etapas da Tradição Patrística:
- Antigo Testamento;
- Vida de Jesus (Novo testamento);
- História da Igreja (magistério, tradição).
Por Ângela Rocha – Catequista e Formadora. Administradora do Grupo Catequistas em Formação e Graduanda em Teologia – 4º Período – PUCPR.
Fontes:
- Diretório Geral de Catequese (130)
- Diretório Nacional de Catequese (106)
A grande maioria de nós teria muita certeza em responder que levamos nossos filhos, crianças e jovens, para a catequese porque queremos que OBTENHAM OS SACRAMENTOS da Eucaristia e Crisma.
Esta visão sacramentalista da catequese foi revisada já algum tempo na Igreja, que hoje sabe não ser suficiente ao fiel católico ter realizado o sacramento e não ter desenvolvido dentro de si a consciência de sua FILIAÇÃO DIVINA, de SALVAÇÃO EM JESUS CRISTO, da origem e necessidade de pertencer ao POVO DE DEUS que convive dentro de uma comunidade no seio da IGREJA, e com as mesmas disposições dos primeiros cristãos. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Atos 2:42
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Por isto a proposta da Igreja é que a Catequese seja um instrumento à Serviço da INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ. O que entendemos por ser iniciado? Ser introduzido, passar por uma transformação, fazer uma adesão consciente que leve ao fiel o sentimento de pertença e fidelidade. A celebrações litúrgicas nos ajudam ao fazerem a ponte entre nós e Deus, acreditamos ser ELE mesmo na Eucaristia que nos alimenta, na pessoa do padre quando nos perdoa na CONFISSÃO e nos ensina nas pregações, quando nos recebe em sua família no BATISMO, e fortalece nosso espírito na CRISMA. A presença de DEUS é especial nos sacramentos, mas é geral na atuação dos fiéis e da Igreja.
Catequizar ou instruir os filhos na fé é uma missão de toda a Igreja, a começar pelo Bispo, sacerdotes e complementarmente pelos leigos. É um verdadeiro trabalho de equipe de toda a Paróquia (Batismo, Liturgia, Catequese, Movimentos, Grupos, etc.), aprendemos e ensinamos na convivência respeitosa, no cuidado mútuo, de forma a permitir que nos sintamos unidos a Verdadeira Videira que é Cristo, e compreender razões não mais infantis de nossa fé Católica.
Para sermos capazes de livremente seguir a Jesus Cristo no seio da Igreja, devemos SER INICIADOS, não conseguiremos viver sem ELE. Buscaremos ter com Ele uma RELAÇÃO de proximidade, aprender com seus ensinamentos a considerar a todos como irmãos e a buscar, um reino de Justiça e Paz, no que for possível já aqui na terra, com olhos fitos no SENHOR que passaremos a contemplar na eternidade.
Autoria: Lílian Volpato – Catequista de Brasília – DF
Por conta da pandemia, as igrejas suspenderam a realização de missas até nova ordem, na Arquidiocese de Olinda e Recife. E isso aconteceu em nível mundial. Com isso, muitos fiéis acompanharam celebrações pela televisão e diante de um problema global intensificaram suas orações em casa.
Como fazer para implantar a Iniciação à Vida Cristã em tempos de pandemia
Para colocar a Iniciação à Vida Cristã em prática deve-se estudá-la, experimentá-la e também compreender que mudanças de paradigmas enfrentam muitas objeções
A rede mundial de computadores não é em si mal ou boa, ela é unicamente uma tecnologia, ou seja, uma ferramenta.
Reconheço-a como uma potencialidade ímpar a ser explorada, para facilitar a CONEXÃO entre as pessoas e a disseminação de valores e conhecimentos, de forma bem mais democrática, e porque não dizer, barata.
Por um lado, temos um excesso de informações sendo geradas e veiculadas nos diversos meios de comunicação e redes sociais, o que por várias vezes é muito cansativo e pode nos tirar do foco do que é verdadeiramente importante.
Como ponto negativo temos as limitações quanto à inclusão digital de uma parcela significativa da sociedade, o que nos faz pensar que duplamente ficariam excluídos da possibilidade de acesso a conteúdo coerente e edificante para o seu estado de vida. A telefonia celular e as redes sociais tem contribuído significativamente para diminuir este déficit. Agora na pandemia ficou clara a necessidade de políticas públicas que garantam este acesso. A educação poderá prontamente se beneficiar com esta democratização do bem.
Com certeza serão muitos os desafios a serem enfrentados nesta pós modernidade, em que os valores se encontram em discussão. Como trazer sentido à mensagem cristã para as gerações de jovens e crianças de uma forma que eles não se desconectem da Igreja um pouco depois da recepção dos sacramentos?
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Existem muitas distrações, mensagens negativas e enganadoras na internet, por isso é urgente a Igreja ocupar este espaço com a apresentação dos valores do Evangelho, com o protagonismo de pessoas comuns, lutadoras, doadoras de si pelo Reino de Deus. Todos temos dentro de si algo de maravilhoso que pode ser despertado e compartilhado… um desenho, uma foto, um testemunho. A internet é um meio em que todos podem ter VOZ.
Como também é um meio para ESCUTA. O que tenho buscado de conteúdo na internet? Algo que contribua e reforce a vivência dos meus valores ou algo para amortecer minhas dores? Na internet existe uma métrica: número de visualizações, número de likes, etc. É possível avaliar com sinceridade e possibilitar canais atrativos para a edificação da fé católica, diversificados em sua linguagem pois temos diferentes públicos. E quando errarmos na medida haverá sempre a possibilidade de ajustes de rota. Como todos os seguidores de Jesus que encontraram tropeços fizeram: levantaram e voltaram a caminhar.
Por outro lado, exemplificamos as potencialidades desta ferramenta chamada internet no campo específico da formação de catequistas (a menina dos meus olhos):
Para se fazer uma formação “TOP” de catequistas dever-se-ia agendar previamente (de acordo com a disponibilidade do palestrante que além de dar palestras é sacerdote algumas vezes, professor, escritor, etc.), providenciar a logística e gastos de viagem, estadia, local previamente estabelecido e com capacidade limite para comportar os interessados, providenciar recursos físicos e humanos para o dia do evento.
Esta atividade não poderia ser vivenciada por um catequista que que estaria realmente interessado, mas que reside em outra localidade distante daquele local, e nem por um catequista que mesmo morando perto tivesse um compromisso inadiável e prioritário. Só com a gravação e disponibilização deste conteúdo na internet, o conhecimento poderá ser disseminado em tempo real e ficar disponível por tempo indeterminado. A semente pode dar não mais 15, 30 ou 100, mas pode dar milhares por um.
Este material pode ser utilizado nas formações locais pelos catequistas, em grupos de estudos presenciais ou através de fóruns, partindo de colocações sólidas e consistentes.
Poderá ser assim possibilitado um aprendizado assíncrono (ver/escutar/rever na hora em que o catequista conseguir). Muitas vezes não conseguimos captar o conteúdo de uma palestra pois o nosso cérebro tem capacidade limitada e muitas demandas simultâneas (mesmo quando anotamos fica retido cerca de vinte por cento do conteúdo). Mas tendo sido disponibilizado na “nuvem”, vamos poder rever, refletir, esclarecer, aprofundar… para nos tornarmos melhores catequistas.
O trabalho de formação pode, ainda, passar a ser COLABORATIVO e não mais individual. A internet promove a possibilidade de um trabalho de equipe, mesmo entre pessoas que não se encontram pessoalmente. E todo e qualquer esforço despendido por uma equipe na produção de um conteúdo relevante pode ser aproveitado, melhorado por outros, ou servir ao menos de inspiração para os demais.
Por fim, a linguagem do catequista tem que ser próxima à linguagem do catequizando, a catequese tem que “conversar” com o mundo atual, e a sua não presença na internet seria um grande retrocesso.
Por fim, ligando este texto à metáfora da apresentação de Jesus com a Samaritana, pensando em nossos catequizandos que hoje tem acesso a internet… devido à sede que todos nós indistintamente temos de Deus, o que eles irão encontrar caso a Catequese não esteja lá para marcar sua presença?
Por Lilian V. F. Volpato
Estamos em casa e o Senhor vem nos visitar… Jesus nos ensina a rezar a oração do Pai Nosso para nos permitir entrar no mistério da santidade de Deus, como Ele nos revelou.
Vamos recordar a catequese de Jesus e resgatar em cada um de nós a coragem, a esperança e a fé que buscamos para que os nossos dias sejam de paz:
Minha casa é casa de oração
Diariamente reze em família, por sua família e por todas as famílias que neste tempo sofrem pelos doentes e mortos vítimas da pandemia do coronavirus. Jesus nos ensinou a dizer: Pai Nosso que estais nos Céus… Sim, Deus nosso Pai abre seus braços para nos acolher e ser nosso auxílio e proteção. Somos o seu povo. Deixemo-nos ser alcançados por sua misericórdia.
Minha casa é casa de esperança
Mantenha a paz no coração. Lembre-se que Jesus nos ensinou a dizer: Santificado seja o vosso Nome… O Nome de Deus é Santo! Ele é fiel e nos alimenta com sua presença repleta de amor. Tenhamos esperança, pois dias melhores virão.
Minha casa é casa de fé
Reserve um momento ao longo do dia para conversar com Deus. Jesus também nos ensinou a dizer: Venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu… A fé é fruto do amor a Deus, nos fortalece e nos enche de alegria e paz. Sintamos a presença de Deus que nos carrega pelas mãos e escuta o nosso clamor.
Minha casa é casa de comunhão
Olhemo-nos uns para os outros! Cuidemo-nos uns dos outros! Jesus nos ensinou a pensar no outro, na profunda experiência de comunhão. Ele disse: O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do Mal… Busquemos, sobretudo nestes dias, viver a prática do perdão, do amor e da solidariedade com quem amamos e também com quem ainda não amamos o bastante.
A oração do Senhor é a oração do seu povo. Nele somos um!
Guardemo-nos, com amor e confiança, no coração do Pai.
Por Padre Paulo Gil
Queridos amigos catequistas,
Neste momento de quarentena e de tanta angústia em nosso coração, agravado pela necessidade do isolamento social, fico pensando no que poderíamos fazer para ajudar em forma de partilha. Como uma grande amiga lembrou hoje: temos muita sorte devido a evolução tecnológica atual nos proporcionar tantas ferramentas de comunicação (redes sociais, chamadas de áudio e vídeo, apps de videoconferência, etc.); e, portanto, não precisamos sentirmo-nos isolados.
Em tempo de quarentena a catequese não pode parar…
Eis algumas dicas a serem compartilhadas com os catequizandos e seus familiares para que deem sequência a catequese em sua rotina de quarentena
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