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A metodologia catecumenal no exercício pastoral

por Redação
A metodologia catecumenal no exercício pastoral

Tenha um olhar aprofundado acerca da metodologia catecumenal no exercício pastoral

O cristianismo é “berço” de vivência da unidade em Cristo. Atualizar esse legado é tornar presente a conversão por meio dos sacramentos da Iniciação Cristã, recebidos frutuosamente. Sobre a metodologia catecumenal, Papa Francisco nos diz, “Toda a formação cristã é, primeiramente, o aprofundamento do querigma que se vai, cada vez mais e melhor, fazendo carne, que nunca deixa de iluminar a tarefa catequética, e permite compreender adequadamente o sentido de qualquer tema que se desenvolve na catequese”. A resposta ao chamado de Deus, na primeira evangelização, é o querer de Deus. Contudo, a Iniciação à Vida Cristã situa-nos na pastoral de cunho catequético-experiencial da fé.

 

 

A demanda crescente de adultos sem sentido de participação na Igreja é caminho de maturidade na fé:

  1. Adultos que não foram batizados;
  2. Batizados que receberam a Eucaristia, porém abandonaram a Igreja e querem voltar para comunidade;
  3. Catequizados não suficientemente evangelizados.

Certamente, a catequese até algum tempo fortemente doutrinal é questionada, a liturgia seguindo o tempo litúrgico próprio de cada etapa na metodologia catecumenal é pedagogia em experiência orante! Sugerida no RICA (Ritual da Iniciação Cristã de Adultos). Portanto, na metodologia catecumenal a recepção segmentada dos sacramentos pode ser evitada, a não ser que motivos consistentes possam adiar.

Pedagogia catecumenal

Catequese, liturgia e prudente criatividade pastoral sejam realizadas adequadamente e não transpareçam a ideia de arquipélago, ou seja, isoladamente. “A pedagogia catecumenal acha-se relacionada com o ano litúrgico, apoia-se nas celebrações litúrgicas e conduz o catecúmeno à íntima percepção do mistério da salvação”. Realizemos formação continuada e de inspiração bíblica tendo presente o espírito catecumenal. Da mesma forma,  o rosto da Diocese ou Paróquia ganhará novo vigor e corroborará para dinâmica dos ministérios na estrutura eclesial de cunho catecumenal.

Na formação das primitivas comunidades cristãs era claro a pertença ao Ressuscitado. Fé enquanto geradora de comunhão, vida comunitária, socialização missionária do acontecimento Pascal, os sacramentos que aos poucos foram tomando “corpo” e sendo realidade em conotação teológica a partir da mudança de mentalidade. Didaqué, escrito do primeiro século do cristianismo, trabalha bem esses aspectos. É “manual” dos catecúmenos com obrigações morais e sociais. Surgiu com o avanço das viagens apostólicas.

O evento Pentecostes abriu novas frentes e os cristãos entraram em contato com diversas culturas. A missionariedade surge como constitutivo da adesão cristã. A caminhada desses novos cristãos, em muitos, gera esperança na construção de uma nova história (At, 2,47). Dessa forma, não sem dificuldades e oposições, a comunidade foi crescendo e se fortalecendo para ser elo: Deus manifesto em Jesus Cristo e as pessoas convidadas a adesão ao projeto salvífico chegando até o martírio (testemunho).

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O catecumenato

No segundo século surge o Catecumenato com formação para maturar as motivações dos candidatos e proposta de leva as pessoas fazerem parte da comunidade cristã, por meio do recebimento dos sacramentos da Iniciação Cristã com suas exigências. Esse itinerário acontece nas práticas litúrgico-rituais para direcionar na celebração e na vida o que irão abraçar durante esse percurso formativo . As terminologias Iniciação à Vida Cristã e Catecumenato eram tomadas praticamente com o mesmo sentido.

Entendemos Iniciação à Vida Cristã o processo feito ao percorrer etapas e tempos: pré-catecumenato, catecumenato, iluminação e mistagogia. Envolve toda existência. Esse percurso tem por objetivo “[…] vão senso desenvolvidos paulatinamente, ou seja, o que falta a eles na caminhada cristã, Deus vem ajudá-los por intermédio de sua graça transformadora. Enquanto isso, são acompanhados, instruídos e engajados na comunidade. Tornando-se também multiplicadores dessa beleza de serem convertidos ao Senhor da vida”.

Primeiramente, o termo Catecumenato é o tempo de intensa catequese e contato do catecúmeno com sua comunidade. É importante frisar: “Por ser uma iniciativa da Igreja e para toda a Igreja o catecumenato não se restringe ao âmbito de algum grupo, movimento ou pastoral” . A Igreja é convidada, o quanto antes, a colocar em prática o modelo catecumenal. Ou seja, as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2015-2019) deixam bem claro ao mencionar, Igreja: casa da Iniciação à Vida Cristã.

Orientações do RICA

É salutar o engajamento de todos para ser expressão da Igreja. O RICA orienta: “A fiel observância do que está prescrito neste Ritual e o conveniente aproveitamento, com criatividade e senso pastoral, das várias opções e alternativas oferecidas hão de levar a própria comunidade eclesial a redescobrir a riqueza admirável dos sacramentos da Iniciação Cristã”. Sendo assim, a maneira celebrativa não dispensa a inclusão prudente e dinâmica litúrgica para tornar agradável e frutuosa a participação dos adultos, respaldado com aval do Bispo diocesano e ser realizado pela igreja particular em espírito de mútua colaboração.

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Perguntas para aprofundamento pastoral:

  1. Em nossa realidade eclesial percebemos a metodologia catecumenal em ação: pré-catecumenato, catecumenato, iluminação e mistagogia?
  2. Há motivação dos catequistas e formação continuada em vertente bíblica para leitura orante na catequese?
  3. Já fizemos planejamento, não ainda cronograma! Sobre a estrutura catecumenal dos que receberam os sacramentos da Iniciação Cristã?
  4. Percebemos os furtos dos catequizandos iniciados na metodologia catecumenal?
Fr. Gilberto Siqueira Alves, OFMCap. Especialista em Pedagogia Catequética pela PUCGO. Vigário na Paróquia São Benedito, Teresina-PI. Leciona Teologia na Escola Diaconal da Arquidiocese de Teresina – Piauí. Há mais de 10 anos assessora formações e assembleias acerca da aplicação da Iniciação à Vida Cristã. Publicou o livro, em 2011, A Pedagogia da Iniciação Cristã com Adultos.
Fonte: Revista Paróquias

 

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